Dias memoráveis. Se estivermos atentos, perceberemos muito mais do que procurávamos similarmente ao que me ocorreu nos 15 dias que passei na Vila Elliotis do Campus ARACÊ.
Após ser acometida pelo Covid-19, tive como sequelas fraqueza muscular e forte prurido em todo o corpo. Como nunca havia tido reação alérgica tão forte, elaborei hipóteses do que poderia ter acontecido: poderia ser causada por fungos no armário, consequência da maresia ou ser o pó da siderúrgica. Eu precisava sair daquele ambiente para testar a minha hipótese. Então entrei em contato com o Campus ARACÊ solicitando a possibilidade de passar alguns dias por lá. Coincidentemente, estava começando o projeto Intercâmbio Conscienciológico.
Hoje vejo que na realidade os amparadores me abriram esta porta. Imediatamente, me dirigi para lá. O intercâmbio era algo novo para mim e para os voluntários do campus.
Ao chegar, fui recebida por uma equipe que me deu suporte e assistência nos 15 dias que lá permaneci, usufruindo o ar puro das montanhas, vivendo uma vida de moradora, ou seja, fazendo minha própria comida e cuidando do meu chalé. Conheci os cantos e recantos do campus, recebendo o carinho da equipe e também das duas funcionárias que ali prestam serviços pontuais.
Conhecendo melhor o campus, pude perceber a grandiosidade do trabalho feito pelos que o construíram voluntariamente e nos deixaram este legado. Ao final da estada, fiz relatório das minhas vivências no local. Logo após o retorno para casa, percebi que deveria fazer relatório multidimensional e só então me dei conta de tudo que aconteceu.
Minhas sessões de tenepes eram diferentes das habituais porque eu não percebia a incorporação do amparador e também não percebia a doação de energia através de mim, embora tivesse a percepção da presença do amparador. Eu realizava a tenepes como de costume, mas a resposta não correspondia. O mesmo acontecia nos laboratórios. Fui à biblioteca e não me animei a ler. Só o contato com a natureza já me preenchia, além é claro do contato com os moradores que me acolhiam com muita simpatia.
Analisando o acontecido consigo interpretar o que se passou: me enganei ao achar que eu estava ali para fazer assistência. Não fui ali para doar, mas sim para receber assistência, o que me deixou bastante apreensiva, pois por duas vezes eu fiz assistência na baratrosfera estando em UTI, mas era em pós-operatório de cirurgias eletivas, significando que o organismo estava relativamente íntegro, e que provavelmente não era o caso agora.
Cheguei a essa conclusão quando me lembrei de que numa noite, após haver encerrado a tenepes, uma luminosidade se achegou à minha direita no pescoço e eu me senti acariciada num curto período aconchegante e confortador.
Em minhas andanças pelo campus inconscientemente captava a grandiosidade do trabalho feito pelos voluntários que o construíram e isso me veio claramente à memória durante esta reflexão. Retornei de lá completamente restabelecida.
Quando recebi os objetos que esqueci no banheiro e me foram devolvidos com o maior carinho, eu quis dar como encerrado este meu artigo, mas pouco depois participei de uma live exatamente com alguns dos voluntários que participaram desta construção e o que eles relataram foi exatamente o que eu havia percebido. Aí fechou!
Por Neuzeth Barros