No dia 23 de junho, durante o evento Livro-debate no Campus ARACÊ, foi apresentado pelo pesquisador e voluntário da ARACÊ, Pedro Negri, o livro “O Homem que Queria Salvar o Mundo – Uma Biografia de Sérgio Vieira de Mello”, de Samantha Power. O evento, com 15 participantes, gerou reflexões devido ao alto nível de ideias abordadas. Para quem perdeu o evento, eis a seguir um aperitivo de aspectos apresentados sobre a biografia deste pacifista, homenageado com um busto na Aleia dos Gênios da Humanidade, no CEAEC, em Foz do Iguaçu:
- Foi um diplomata, brasileiro, Alto Comissário de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). Atuou em missões humanitárias no Líbano, Moçambique, Kosovo, Ruanda, Bangladesh, Sudão, Timor Leste, entre outras. Foi funcionário da ONU durante 34 anos.
- Cursou Mestrado e Doutorado em Filosofia na Universidade de Paris. Não parou os estudos e concluiu o Doutorado de Estado em Letras e Ciências Humanas, na Sorbonne.
- Nasceu no Rio de Janeiro, teve dois filhos e morreu aos 55 anos, em atentado à sede da ONU, em Bagdá, ataque que foi atribuído ao grupo Al Qaeda.
- Arrancou afeto de líderes mais temidos.
- Atuava na mediação de conflitos planetários.
- Esclarecia mal entendidos.
- A imparcialidade era um valor muito grande para ele nas resoluções de conflitos.
- Viajava muito e carregava um bloco de anotações. Sempre anotava pontos importantes das reuniões. Primava pela objetividade, resumindo questões conflituosas em um pequeno pedaço de papel.
- Não esperava que a paz fosse instantânea, após anos de guerra.
- Elevava a autoestima das pessoas para elas agirem pela própria vontade.
- Fazia a pessoa se sentir a mais importante do mundo, de forma sincera.
- Dizia que aprendia muito mais nos cafés, em contato com as pessoas, do que em contato com os governos.
- Conseguia fazer com que as pessoas abraçassem as causas humanitárias.
- Era excessivamente cauteloso na escolha das palavras e não abria mão da imparcialidade.
- Um amigo dele descreveu que ele se recusava a fazer inimigos.
- Em missão de paz, todos o consideravam um aliado, embora não apoiasse o belicismo.
- Conversava com pessoas perigosas sem colete a prova de bala.
- Era considerado por Kofi Annan a pessoa certa para resolver qualquer problema.
- Estava envolvido em conflitos muito delicados e se empenhava em descobrir soluções para as pessoas envolvidas.
- Dialogava com todas as partes na hora da resolução dos conflitos.
- Tentava amenizar a violência para conseguir manter o diálogo.
- Estava sempre nos piores lugares, trabalhando na resolução de conflitos internacionais.
- Gostava de estar em contato com as pessoas mais céticas da ONU para poder aprender a questionar e entender o modo de pensar dos outros.
- Era poliglota. Empatia e comunicação foram os traços que mais o ajudaram nas negociações.
- Tinha bom humor e cuidava sempre para chegar aos locais com uma aparência digna e agradável, mesmo em missões no meio do mato, em trilhas. Chegava impecável aos locais por considerar digno para com quem iria conversar.
- Valorizava as pequenas conquistas. Pequenos acordos de paz entre as partes já eram uma vitória.
Últimos posts por Eliane Stedile (exibir todos)
- Campus ARACÊ recebe visita técnica de pesquisadores da Saúde Integrativa - 5 de março de 2025
- 11ª Semana de Serenologia: recorde de participação fortalece holopensene Serenológico na Cognópolis Pedra Azul - 5 de janeiro de 2025
- Visita Técnica ao Campus ARACÊ: jovens descobrem a autopesquisa e a sustentabilidade - 6 de dezembro de 2024